No meu bairro há imensas crianças e todas dentro da faixa etária do meu fofusco cheiroso. É habitual encontrarmo-nos todos ao fim do dia e enquanto as crianças brincam, os pais conversam e trocam experiências. Mas sempre de olho posto neles porque andam terríveis! lol
Todos buscamos a felicidade. E, neste momento, como pais e mães, a felicidade vai sempre de encontro àquele pequenino ser. Queremos ser felizes profissionalmente, queremos ser felizes pessoalmente. Queremos ser felizes psicologicamente e monetariamente. As coisas estão interligadas e, se nos falta estabilidade numa delas, nem sempre a felicidade é conseguida. E temos de lutar por ela, contorná-la quando não nos é possível ir por um certo caminho, procurar atingi-la mudando de objectivos, de sonhos, de caminhos. Há pessoas que mudam completamente de vida porque podem, porque são lutadoras, sonhadoras. Eu gostava de um dia poder mudar assim. Neste momento não posso arriscar. Não posso simplesmente desistir da minha profissão porque o meu marido sozinho não ganha para as despesas. Mas devias, ouviste Ubinho? hehe E temos um filho, que depende de nós, da nossa felicidade, do nosso bem-estar.
Nunca fiz greve. Não sou contra o fazer greve. Acredito que se estamos insatisfeitos, infelizes, temos de lutar com as armas que temos. Acredito no descontentamento dos professores porque acredito em profissões bem pagas e em pessoas plenas na profissão que escolheram, no papel que desempenham na sociedade. Eu quero o meu filho feliz numa sala de aula, com professores motivados, com força e vontade de ensinar. Não quero o meu filho numa turma de 40 alunos, com professor/a cansado, desmotivado, aborrecido, descrente. A educação é uma das bases da sociedade. Um povo sem educação, é um povo sem alma.
Por isso, vamos acarinhar os professores e acreditar na sua luta, porque também é a nossa. E eu quero a minha felicidade e a felicidade do meu filho.
O´