7.31.2014

Pescar.

Quem trabalha na área social percebe bem esta frase: Não dês o peixe, ensina a pescar. 
Nem sempre isto é conseguido. Há dependências que passam de geração em geração. Apoiamos os pais, sabemos bem que futuramente serão os filhos a serem os ajudados. Os alimentos são distribuídos, as contas são - às vezes - pagas, porém há sempre o atendimento, o ouvir a história, o dar soluções para problemas. Mas cada pessoa é diferente, cada um gere a vida de forma distinta. O que para uns parece óbvio, para outros nem por isso. Muitas nem dando a cana, nem segurando a cana, nem dando o pescado... É mesmo postura de desânimo, de desleixo, de dependência. Por isso, isto da área social tem muito que se lhe diga. Isto de se "passar fome" tem muito que se lhe diga. Isto de se ser "coitadinho", tem muito que se lhe diga. 
É importante estarmos atentos e não nos deixarmos levar por palavras melosas, lágrimas nos olhos, mau cheiro e desleixo.

17 comentários:

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    1. Sim Nadine, há mesmo quem não queira a cana. Querem logo o produto, dado e escarrado, como se diz.
      Beijinhos <3

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  2. Disseste tudo e concordo com cada-palavrinha. Quantas pessoas não conheces que, na verdade, têm os mesmos valores com que lidar (as mesmas despesas, os mesmos - poucos - ganhos), mas que se fazem à vida, e "ai o que pago para trabalhar não me compensa? não faz mal, é investimento e vai dando para sustentar a família". Para mim um dos males estruturais está de facto na educação [uma disciplina de base em "economia familiar" faria tanta falta a esta miudagem...], outro está na habituação, mal geracional, ao subsidiozinho (não falo de quem os usa como alavanca, mas de quem os usa porque "trabalhar dá trabalho").

    Lá me estou eu a alongar. Mas é isso. Não conhecendo a tua realidade profissional conheço a minha, que não está assim tão longe, e concordo com cada palavrinha.

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    1. Acredito que na tua área aconteça o mesmo! Sim, economia familiar, civismo, etc etc etc. Tanta área esquecida e que nos tempos que correm são importantíssimas!
      Temos, infelizmente, jovens que não sabem gerir as contas e a vida.
      Beijos <3

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  3. Agora que faço voluntariado percebo cada vez mais o que dizes. Era uma coração mole, passei pela fase de ser ainda mais, mas agora percebo que temos de abrir os olhos, nem tudo o que parece, é.

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    1. Exactamente, Pin. Há pessoas que usam a bondade e o "coração mole" para obterem o que querem e nem sempre precisam, infelizmente. Enganam e ainda se julgam com razão.

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  4. Trabalho nessa área e percebo-te perfeitamente...

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  5. É verdade o ideal é ensinar a pescar e não dar tudo de mão beijada. Mas eu tenho o coração mole e ajudo sempre.
    Bjos tenha um ótimo dia.

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    1. Não sou contra o ajudar, sou contra o ajudar sem pensar antes, sem ver se realmente a pessoa precisa ou é por preguiça, por facilitismo, por dependência.

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  6. Ah pois é, tambem ja me apercebi disso e nem trabalho na área..é preciso ter cuidado e atenção à stuaçao em questao :)

    Beijinho*

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  7. Nem tudo se resume a ser "coitadinho"... as situações são, por norma, mais complexas do que achamos. E o ideal será mesmo ensinar a pescar, quando possível.

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  8. Sim, é uma verdade. Mas refiro-me mesmo a quem anda anos e anos assim, dependentes completamente e que depois passa de geração em geração. Porém sei bem como são situações complicadas e ambíguas.

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